Dia 21 de outubro, domingo, celebramos o terceiro dia de novena em
honra a São Judas Tadeu. A Missa foi presidida pelo Pe. Espedito, pároco da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês, e teve como noitários a Pastoral da Criança e
Bairro Nossa Senhora das Mercês. Ontem foi celebrado o dia mundial das
missões, nesta oportunidade lembramos a participação e o compromisso
missionário de todos os membros da Igreja. Na Igreja de Cristo todo batizado é
missionário.
Na liturgia deste domingo
celebramos o verdadeiro significado do poder e do reinado de Cristo que se
traduz em serviço. Jesus adverte a lógica humana e explicita a lógica de Deus, pela qual os últimos
são os primeiros; os que se elevam são humilhados; quem se humilha é exaltado;
os que querem ser grandes devem se tornar servidores de todos.
A primeira leitura do
Profeta Isaías nos apresenta uma parte do texto sobre o Servo de Javé que:
oferece sua vida em expiação e que fará justos inúmeros homens, não apresenta
beleza, nem poder, nem triunfo, mas ao contrário, é desprezado e motivo de
vergonha aos olhos do mundo, a mesma temática aparece na segunda leitura aos
Hebreus apresentando Jesus como aquele que foi provado em tudo como nós, com
exceção do pecado, por isso ele está próximo de nós, por isso Ele é capaz de se
compadecer de nossas fraquezas. O seu trono é acessível, não é trono de
opressão, mas trono de graça, do qual todos os que se aproximam com confiança
recebem misericórdia e auxílio no momento oportuno.
No Evangelho, Marcos narra o
episódio ocorrido na caminho a Jerusalém. Os discípulos revelam que ainda não
compreendem as palavras de Jesus e que a busca humana de poder e destaque ainda
é o interesse do seu coração. Nas palavras do pedido feito pelos dois irmãos
aparece um certo caráter de exigência: Mestre queremos que faça por nós o vamos
pedir. Queremos um estar do seu lado esquerdo e o outro do lado direito.
O que nos
mostra a pretensão dos dois irmãos? Primeiro,
que não entendem absolutamente nada do que Jesus quer instaurar. Passam por
cima de tudo o que haviam visto e ouvido ao longo do tempo de formação com o
Mestre. Em segundo lugar, as
expectativas deles sobre o Reino de Deus – o reinado que Jesus pretende
instaurar – têm já um modelo preconcebido em suas consciências, a ponto de não
permitirem nenhuma modificação, mesmo depois de toda a catequese que Jesus fez.
Terceiro, para eles o modelo do
reinado de Deus é uma versão aperfeiçoada dos reinos temporais. Quarto, no reinado de Deus, instaurado
por Jesus, será mantido (achavam eles) pelo mesmo esquema de dominação da
relação sócio-econômica: senhores e
escravos, ricos e pobres, dominadores e dominados.
O pedido
dos dois discípulos reflete a ambição que pode estar presente em cada um de
nós: ser mais que os outros, dominar
sobre os outros.
Finalmente, Jesus chama a todos e diz: olha, vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Mas entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos.