7 de junho de 2012

SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO


A solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo é a festa da presença de Jesus Cristo na comunidade dos fiéis, na comunidade cristã. O Evangelho, segundo Marcos, nos fala do primeiro dia, preparação da páscoa; os discípulos se dirigem a Jesus para receberem orientação sobre a festa: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?”, porque era esperado a chegada de muitos peregrinos de longe ou de perto, e esta festa era uma lembrança daquela última ceia, realizada naquela noite, na saída da escravidão do Egito. Tudo indica que a última ceia de Jesus tenha profundas ligações em memória do êxodo. A ceia
de Jesus tem muitas características da ceia Judaica: refeição de peregrinos, atualização da libertação do Egito e renovação da aliança mosaica. A carta aos hebreus lembra que Jesus se ofereceu livremente, sendo sacerdote, altar e oferenda, para nos purificar e libertar e para que com sua ressurreição estivesse sempre presente:
Há dois modos de Jesus estar presente na comunidade: uma presença chamamos de espiritual.
1) - Jesus está presente em toda à parte. À semelhança do vento, sopra onde, quando e como quer (cf. Jo 3,8).  - Jesus está presente e sempre operante na comunidade, porque Ele é a cabeça viva de um corpo vivo, que é a Igreja (cf. Cl. 1,18). Somos o corpo vivo do Senhor.

2) A essa presença chamamos de PRESENÇA SACRAMENTAL. Embora de forma misteriosa, isto é, acima da compreensão humana, é uma presença real e verdadeira. Assim, o Catecismo da Santa Igreja ensina que: “O modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz com que ela seja como que o coroamento da vida espiritual e o fim ao qual tendem todos os sacramentos. No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue junto com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo. Esta presença chama-se real não por exclusão, como se as outras não fossem reais, mas substancial, porque pela Eucaristia, Cristo, Deus e homem, se torna presente completo”(cf. Catecismo da Igreja Católica n. 1.374).

A Eucaristia é o coração da comunidade cristã,
Seja, como parte central, que une a todos,
Seja, como faz o coração, a distribuidora do sangue da vida comunitária.

Como diz Jesus: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele; tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.

Assim podemos dizer que sem a Eucaristia a comunidade perderia sua força de ser; Sem a Eucaristia a comunidade jamais chegaria a ser “um só coração e uma só alma”(cf. At 4,32), uma comunhão com Deus(cf. Jo 17,21).

Por isso mesmo se faz a procissão do Santíssimo, passando pelas principais vias das cidades, porque a Eucaristia é a raiz e ápice da comunidade. Raiz porque, como a planta, a comunidade se alimenta e cresce através da Eucaristia, “Pão da Vida”(cf. Jo 6,35). Ápice, ponto mais alto, porque a comunidade não tem outra coisa mais preciosa nem outra escada mais segura para encontrar-se com o seu Deus e entrar em comunhão com Ele.

Tb, a Eucaristia indo às ruas em Procissão, no meio das casas das famílias, lembra que atividade e oração constituem uma realidade só, um binômio vital, inseparável e fecundo. Nosso trabalho não está separado da oração. A oração não é fuga da atividade. Ou atividade dos desempregados. Na oração encontramos o verdadeiro sentido do trabalho.

Entretanto,
A autenticidade de nossa participação na Eucaristia se dará exatamente quando formos capazes de ter para com o corpo eclesial o mesmo respeito que temos pelo Corpo Eucarístico de Cristo.

De tal forma que podemos entender que a presença do Senhor morto e ressuscitado no pão e no vinho, corpo e sangue, sobre os quais proclamamos a ação de graças, se faz também presença, embora de outro modo, na pessoa de nossos irmãos e irmãs.
Assim a discriminação, a violência, a intriga, o ódio, a desunião, as divisões na comunidade, são situações que não permitem fazer uma plena comunhão.

Fontes: 
- "Nós também cremos e, por isso, falamos." (2Cor 4,13). Roteiros homiléticos do tempo comum - Ano B - 2012. Projeto Nacional de Evangelização. O Brasil na Missão Continental, nº 22, CNBB.
- Outras apostilas.





































 



























Seguidores